segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Saudades de Maiakovski


A madrugada me inspira de palavras e sons... nuances... cores... sussurros...


Quero amanhecer com cores e cheiros da minha infância... e olhar o teto e pensar no tempo que me chama...



Vejo em tudo POESIA.

Até no nó que fica preso em ti na hora de dizer Até logo.

Não tropece nas palavras,nas horas. Estou aqui. Apenas aqui.



Hoje não posso ser de ninguém... Melhor me esperar no final de outra tarde...



De alguma tarde... ou no início de uma manhã, no Até logo das estrelas...


Nem sei o que dizer.Vontade de dormir e medo de fechar os olhos e perder você amanhecer...


Eveltana.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Perdi-me em teus braços...
Que ninguém me encontre...
Deixem-me perdida nos abraços
do meu amor...

sábado, 31 de janeiro de 2009

Perfume de Orquídea


Foram-se flores,

Cartas, bilhetes...

Foram-se amores.


Beijei todo o corpo,

beijei... e beijei.

Alma na alma,

uma só energia transpirando poesia.


Do hálito cheio de pétalas,

o meu grito de desmaio.

... Encontrei a dor do prazer...

E um pouco de perfume das orquídeas.


Eveltana.

Loucamente Bandido


Da luz intensa dos teus olhos nasce nosso amor negligente,

loucamente bandido e impróprio para menores.

Com você, perco a razão, enlouqueço plenamente.

Na margem de um rio de sensações contínuas

revelamos nossos desejos mais fortes e escondidos.


Da nossa entrega total chegamos, todos os dias,

ao êxtase inestimável... ao máximo da alma.


Adormeço nas margens de teu corpo e me envolvo nos

teus sonhos mais ardentes.

E tenho te amado loucamente por ter certeza que as paixões

nunca passam inteiramente.


Vivo por tuas palavras eróticas e tua sensualidade brozeada.

Da luz expressiva e forte dos teus olhos nasce nosso amor marginal.


Loucamente Bandido.
Eveltana.
(Foto: Lisi Antonov)

domingo, 25 de janeiro de 2009

Eu me perdi como num vento remoto.Estas pessoas,Estas palavras perdidas.Este verso preso.O sentido inverso...em prosa.O amor febril.A paixão dos tolos.E eu,...no caminho.



Eveltana.
Eu prefiro acreditar num abismo inexistente,no vôo sem limites,do que esta queda imaginária.
Eveltana.

Barcos


Meu coração,um porto,um cais.
Onde você atraca teu barco nas tempestades.
Minha Alma um abrigo,uma moradia.
Onde você se esconde das chuvas.
Minhas mãos...suaves mãos que percorrem seu corpo numa linha incerta,desnorteada,confusa,intensa...sacana.

Eveltana.


As favelas são mosaicos coloridos.A cidade entrelaça suas ruas,suas pessoas,suas histórias,sua dor...
As luzes ofuscam meu olhar com lágrimas.Vejo as imagens com outros olhos...Vejo com Alma,vejo a cidade pintada de vida.


Eveltana.
Sempre este rio que nasce em mim e desagua em ti.
As luas de outono já não cabem mais em minha alma...
E não está fácil encontrar a passagem por entre as estrelas...
Não vou mais te encontrar.Acabaram os atalhos por entre os planetas...
É verdade.Meus olhos não verão mais o colorido dos teus olhos.

Eveltana.

Meu coração,um pássaro...perdeu asas, inúmeras vezes caiu ferido...não soube voar.E nas descobertas que existe um céu imenso por trás dos olhos de estrelas,deixaram a porta aberta...Escapei.Voei,voei,voei...e já cansado.oh!pobre coração...voltei...Voltei para meu colo seguro...e dormi,finalmente quieto sobre colchas de algodão.



Eveltana.
Ouvi do vento atrás dos olhos com chuvas,a saudade que tenho de ti.As chuvas eram lágrimas que transbordaram no mar...Num piscar de estrelas descobri que o mar tem o mesmo sabor da lágrima...Bebi o mar.E embriagada de delírios te fiz em papel machê barcos que seguiam rumo ao infinito.
Eveltana.

Você quebrou meu sol
Você não olhou para meu céuOnde o azul transforma-se em cinza
(Furta-cor seus olhos cinzas,Triste cor dos poetas em dor). A dor dos poetas é a dor do mundo.Onde você aprisionou meu riso sufocado de tristeza.A paixão dos poetas é a paixão dos “tolos“...a paixão dos sonhos!

Eveltana.

Um poeta em mim


Um poeta em mim
que não cala
que fala e grita
Um poeta em mim
que tem asas e voa
Um poeta em mim
que com as mãos te tocam suavemente
e te ampara
Um poeta em mim
onde os pés calejados dos caminhos tortuosos
não se cansam de procurar a saída
Um poeta em mim
que rir...
que chora...
que delira...
que ama...
Um poeta que nasce e renasce todas as manhãs
para viver em você!
(Mas,...mesmo o tempo,ainda que, criando estrelas,não fez que você percebesse a incansável poesia que te fiz...!)


Eveltana.

Meu coração transbordando de nenhuma razão. Sóis e sombras no exato momento em que minha Alma insiste em gritar. Meu choro,meu riso...nada mais. Meu vôo ao céu sem estrelas.E as flores caem no chão. Fingindo,crio nuvens de algodão no meu imaginário. Formas indefinidas.Surreais. Quando meu desejo é apenas fragmento deste momento.



Eveltana.
O sol tá indo embora...!Meu chão de estrelas desabou...Meus pés flutuam para um lugar desconhecido...(Meu amor,meu Anjo voou para longe do meu céu...)...Perdi o norte...Por isso,como um pásaro sem ninho,sem colo...sem abraços...Vou voar sem rumo...até cansar...até cansar...
E o horizonte de tão cinza neste mar com cores distorçidas escurece meu coração em luto,onde uma flecha do destino acerta em cheio,só para contar os dias em minutos lentos e absurdamente angustiante.
Um amor...o seu amor...é o que vi através do espelho...que quebrei com insensatez.E que esta dor tenha enfim, ...um significado no final das estradas...


Eveltana.

Primavera

Achei que a primavera fosse distanteE que os desejos fossem grãos de estrelas.Engano de quem já navegou pelo equidistante.Há um navegante em mim!
Eveltana.
O que foi dito o vento levou...O que foi escrito o tempo rasgou o velho papel...Fato consumado...Enterrado.Procurei nas constelações alguma explicação,talvez algum cometa tenha desviado minhas mãos enquanto eu tateava as estrelas nas junções do seu encontro ao meu.Mas,eu li as minhas mãos e ouvi hoje,a linha da vida continua.E no quarto escuro onde dormi,consegui abrir as venesianas das janelas,e por um bom tempo não acreditei que o sol existe...enfim,as portas foram abertas para que eu ainda me "norteando",tropeçando, começasse a caminhada.
Eveltana.

Nua


Nua.Tua cor nua.Palavras(que palavras?)Se tua poesia é nua.É este mar...É despir-se.É chorar-se.É tocar-se.Nada terminou.Tua essência nua,apenas inicia.Encanto nu.Pele nua.Teu cheiro em pêlo.


Eveltana.

Loucuras ensaiadas

Segmentos,Fragmentos de sentimentos.Teu corpo,Teu beijo...agonia.Este papel rabiscado.Cais...Manda um pouco de ti...Nosso riso entorpecido.Insensatez.Somente semente incerta.Teu corpo,Teu beijo.Nossas loucuras ensaiadas.Se eu pudesse esquecer.E inesperado você se manifesta em mim.Nu.Delirantemente nu.


Eveltana.

Perfume


E este perfume provoca loucura.No nosso contato íntimo,na busca intensa dos nossos limites.Faço uso de nossos anseios agora.E este perfume é teu,meu,nosso.Perfume,cheiro erótico.Este perfume provoca loucura.A paixão é louca.Nossas roupas são loucas,Nossa nudez é louca.E este perfume provoca,cheiro de nós.



Eveltana.

Platonicamente

Quando te vejo por entre tantas pessoas,descubro que de tantas pessoas,você é único.Você mexe com meu sistema cardíaco,as pulsações aceleram o ritmo,o sangue corre,agora quente,inocentemente rasgando artérias.A adrenalina domina todos meus sentidos,invade meu íntimo,penetra na intocável essência e ardendo inexplicavelmente,nossos olhos se encontram.É inevitável.Não estou me enganando.Teu olhar me devora,me despe,me toca.É um feitiço purpuro que faz a sensibilidade da minha pele despertar.E nascem as fantasias exóticas do meu corpo no teu,meus lábios a sugarem tua alma e tuas mãos descobrindo meus ilusórios segredos.Teu olhar é um mistério que me fascina,seduz.Irresistivelmente e inexplicavelmente me deixa febril.Teu olhar é uma cilada estonteante e você continua único nesta multidão.
Eveltana.

Sensualmente



Tudo é questão de sensualidadeAté mesmo o luar que ilumina nossos corpos nusse torna um desejo sensual e inevitável.Não é errado te querer,assim,com esta mania de querer conquistar o mundo.Não é errado desejar sugar tua essênciae te beijar até os próximos capítulos.Sensualmente tiro tua roupaSensualmente me alimento de vocêSensualmente me entrego...totalmente.


Eveltana.
O teu beijo é fonte,é essência.
Eveltana.
O beijo é o ato de fato de duas bocas arredias com o desejo do seu encontro.
Eveltana.


Minha boca treme,
murmura palavrinhas,
murmura palavrões,
murmura agonia,
murmura você.



Eveltana.
Rouba-me beijos como uma ladra...!

Eveltana.

Exótico


Uma obsessão qualquer.Recente marca e cheiro na pele.Menino exótico,moreno.Rebelde revelação.(Desesperadamente um beijo louco).Desconhecido entorpecente matinal.E o tempo escapa,foge.Exótico grito calado,moreno obscuro.O silêncio é precioso.A faca de dois gumes.Promessa oculta;moreno desejo.A alma consorte.
Eveltana.

Amor a ser descoberto,a ser vivido.Não o trivial.Nem palavras.Uma força que se manifesta naturalmente.Simples loucura,mas que seja loucura.Ainda assim de forma intensa.Real.Essencial.O amor livre,necessário e nu.Lento e sentido em todos detalhes.Amor sem linguagens,mas que eu corra todos os riscos em vivê-lo.Ilimitado;Indescritível.Inacabado...Espelho dos segredos.Onde eu possa me ver e sentir sem máscaras.Uma vida inteira...princípio e continuação.Sem fim.Vidas.Louco.Inesquecível.Mágico.Inteiro.Para senti-lo(o amor) sem medo.



Eveltana.

SAX


Nosso amor tem um pouco deste ódio cotidiano que bebemos numa mesma taça.Minha ferocidade que a cada dia cresce é para te seduzir com todo meu furor.Te enlouquecer como você me enlouqueceu.Pega o Sax...Toca a noite toda,só assim seremos amantes e deixaremos a pieguice para os ratos traiçoeiros que nos circulam.O lençol cobre nossas brincadeiras noturnas,e não fingimos nada.
Eveltana.


O seu toque em meu rosto fez com que caíssem as máscaras e surgiu em mim alguém que tento esconder.Alguém que existe inevitavelmente dentro de mim.Enfim, você me descobriu!



Eveltana.
Fascinante,alucinante.Te descubro irresistivel;e a loucura que sinto inunda as margens de tudo que sou.Meus pensamentos mais íntimos,meus sonhos mais secretos,meus desejos mais fortes são igualmente teus.É uma sensualidade natural.Não precisamos de desculpas para nada.Só acredito em teus olhos.Só acredito em você,por que você é o único que segue meus rastros imaturos.Aprendi a não ter medo de errar.Medo não é fracasso.Minha loucura é linda.O sentimento absurdo é que move as paixões.Hoje a tristeza me abandona,e trago comigo meu lado bandido e rasgo mentiras.


Eveltana.


A verdade é o que sinto.
O inevitável em teus olhos.Sinto desejos...


Não terei mais seus beijos.Agora você é sombra em meu corpo.


Um absurdo em mim.



Eveltana.
Confesso que hoje amanheci num casulo...Minhas asas teimam em surgir e tenho esta vontade louca de voar.Este mundo já não cabe em mim...O céu já vai além das estrelas...Preciso voar!


Eveltana.
As paixões e as dores passam,como passam todas as tormentas.Sentimos na pele como noites de inverno,Sentimos frio na Alma.
Mais,quem nunca sofreu por Amor que jogue a primeira pétala.Assim,as pétalas se transformam em Flores,cobrem meu corpo cansado e aquecem os dias de frio.
Quem nega o que sente não é verdadeiro!Quem não se permite,morre em si mesmo!



Eveltana.
Amor,palavra difícil.Te amo assim,...simples.Nem mais,...nem menos...Te amo como você é,Com risos e lágrimas.Nas primaveras,nos invernos que chegam e nos deixam.
Te amo assim...livre...Como livre é o pássaro que sempre chega ao céu mais límpido.E volta...volta para minhas mãos,que em forma de ninho,acolhe e acalenta com meu coração.
Te amo assim...simples...Nem mais...Nem menos...Inteira.
Eveltana.
Saudades das noites de frio,vinho e poesia(e do cheiro da infância no vento que avisa o início da chuva...!).Do que vc tem saudade?MomentoEnquanto te esperava,destilava em minha mente,palavras absurdas das nossas verdades inventadas.Esperava o mergulho,a invasão do teu corpo em fortes doses “homeopáticas“,onde minha alma já embriagada gritava a euforia de ter,por um momento apenas o doce toque do delírio mágico do tempo paralisado,só para vc...só para mim...
Eveltana.

O que dizer se todas as primaveras aconteceram depois de você?O que dizer se todos os sonhos só surgiram depois do teu primeiro olhar?O que dizer se você me faz enxergar no escuro?O que dizer se o mundo parece ser mais leve e doce com você?O que dizer...?Se tivesse mil vidas Te amaria de igual forma as mil vidas...É tua pele em minha pele...É teu cheiro em meu cheiro...Tuas pernas entrelaçadas em minhas pernas...Tua boca colada em minha Alma...É você em mim!


Eveltana.

Delírios

Depois dos delírios,Dos beijos roubados,Você surge como uma estrela numa manhã onde o Sol ainda teima,preguiçoso,a se esconder de mim.Sempre você...sempre você...Que vem e me surpreende...!me surpreende...!me surpreende...!me encanta!Fugi.Fingi que não te olhava.Mentira tola de um coração cheio de Alma.Te olhava...Te espiava...Te chamava...Te gritava...Te sentia...Te deixava...ir...ir...ir...ir...!
Eveltana.

Asas Quebradas

Chama-me enquanto há tempo...pois asas quebradas me levam a quase cair no Abismo...Chama-me!Chama-me!Resgata-me do Abismo e mostra o Céu azul por trás do que não conheço...

E por você,
Me dispo,
Me exponho,
Me grito!

Eveltana.

Borboletas


Gostaria de "Borboletar" com asas coloridas por entre este céu azul,iluminando o chão em busca de um arco-íris que se entrelaça com meu sonho e que não me deixe cair no abismo...Pois,meu amor se foi,...me deixou voando entre flores de papel.E quem,por um momento,iria capturar-me para guardar meu bem querer em caixinhas de bombons...E se deliciar com um último vôo...colorido...ao encontro do pó de estrelas?!...E as borboletas se foram...!



Eveltana.

Mãe

Minha mãe tem cheiro de primavera e pétalas de flores... Quando abro a porta e sinto o vento bater em meu rosto... há aquele perfume de colo que ficou em mim...aquele perfume de acalanto em todos choros e risos...!(E ela tem o cabelo mais cheiroso de todos!)...Mãe...Minha força-viva! Minha estrada certa em minhas retas-curvas cheias de atalhos e riscos. Rabiscos. Meu melhor livro,...meu melhor ombro,...Minha grande e incansável amiga!


Eveltana.

O sol tá indo embora...! Meu chão de estrelas desabou... Meus pés flutuam para um lugar desconhecido... (Meu amor, meu Anjo voou para longe do meu céu...) ... Perdi o norte... Por isso, como um pásaro sem ninho,s em colo...s em abraços... Vou voar sem rumo... até cansar... até cansar... E o horizonte de tão cinza neste mar com cores distorcidas escurece meu coração em luto, onde uma flecha do destino acerta em cheio, só para contar os dias em minutos lentos e absurdamente angustiante. Um amor... o seu amor... é o que vi através do espelho... que quebrei com insensatez. E que esta dor tenha enfim,... um significado no final das estradas...


Eveltana.

Saudades...



Esta poesia que não cala em mim... Tenho um rio que desagua em ti... E eu,borboleta que sai assustada do casulo...Asas então quebradas!... As lágrimas,mesmo sabor do Mar...
E esta saudade que teima em me amortaçar...É o que grito que não sai... É o desejo de voar...
É então "remendar" asas...e pelo menos andar...!

Eveltana.
Este eco de paixão
Que não deixa que eu respire,
Esta tua voz
Que não me deixa falar,
Este teu cheiro
Que não me deixa sentir,
Esta tua presença
Que não me deixa existir.

Eveltana.

Bocas,
Beijos.
Nada mais voyeur.
Nada mais natural.
Amassos. Abraços.
Língua na ponta...
De um Ice Berg.
Mordida sutil de quem
Cala tua palavra.
Palavra de boca.
De beijo na boca.


Eveltana.


Vou em busca destes atalhos, engolindo saudade até esperar o cheiro do pôr-do-sol da Serra do Araripe.

Eveltana.


Refugiei-me nos teus braços,
Abraços.
Me guardei em ti,
Para não ter que me dar.
E acabei por me esquecer
Em você.



Eveltana.

Sentimentos
Confusos
Arrepiam
A
Alma,
Comovem
O
Ser,
Fazendo
Parte
Do
Meu
Medo
Tão
Normal.

Eveltana.

Sombras


Onde te escondes
Já não sei mais...
Suave teu amor.
Não precisamos ficar em silêncio Para não falarmos nada.
As verdades são solitárias.
Sombras,
Súplicas.
O olhar perdido,
Os dias de chuva,
E o esconderijo perfeito.



Eveltana.

Rótulos

Neste país desprogramado:
Computadores em transe.
Índios civilizados,
Doutores selvagens.
Circuitos, robores humanos.
Cultura enlatada,
Vidas rotuladas.

Interferências na imagem...

Controle remotos;
Qualquer canal, os mesmos programas.
Relógios, rotações,
Indagações, colisões.

Premedições, radiações.
Eveltana.
Ah! Este grito que sufoco.
Num determinado momento explode... num pulsar,
No ardor da nudez.
Corpo com corpo,
nesta dança primitiva.

É o fogo que minha alma
anseia apaixonadamente.
É a taça de vinho que quebra... Derrama a essência desta loucura.
Eu gritei por ti,
e em determinado momento hei de cansar,
e hei de agir.

E é sob este sol,
neste poente de paixão,
interminável suspiro,
que ainda restando vida...
Grito.
Eveltana.

Luz Neon


Existem paixões que são um erro...
Existem beijos que são fatais...
Luz néon nos ilumina,
olhos indiscretos nos vigiam,
nossa loucura maior.

O chão está frio,
ainda assim,
deslizamos como animais no cio
neste ritual fulminante.

Tua saliva banha meu corpo.
E você me observa
com a certeza que sou tua presa.

Existem amores que são um engano...
Existem momentos que são de luz neon.


Eveltana.

O sítio

Sinto saudades. Da infância,
Do algodão doce,
Da inocência perdida,
Do medo do banho no rio,
De ouvir o barulho da noite,
De contar as estrelas,
Dos anjos,
Das brincadeiras de roda,
Dos namoros inventados,
Do vento na janela aberta,
Da espera na varanda...


Eveltana.

Pessoas

Entrar nos desejos,
Fazer parte de uma loucura.
Sem razão de ser.
Desertos... Desertos...
E então me encontrar.
Então novamente desertos,
E novamente João e Fernando Pessoa.
E outras pessoas.
Passos...

E João. José. O Zé.
O Zé-humano.
O Zé amigo de cores vivas e reais.
Sonhos desfeitos... Assim, sem querer.
E Pedro. E Cícero.
Um passo para uma multidão.
Exatidão, imensidão.
Dos desertos,
... dos desejos.
Eveltana.
Teus lábios
Feridos
por uma mordida bandida de
uma boca profana.




Eveltana.

É quase uma poesia.
Misto de blues, e um atraente jazz.
½ reggae, ½ clássico, ½ louco.
Inesperado. Surpreendente.
Uma magia indecifrável.

Possui a cor do sol, cheiro de mar
É pele, é boca, é gosto... Delírio
Fascinação. Apaixonante embriaguez.
Corpo-moreno-sedução.

Olhos, onde me busco, onde me perco.
Esta alma de criança indomável.
É transcendental.
Maravilhoso absurdo. Um porto...
poeira, fragmentos de uma estrela perdida.


Ele é uma suave tempestade
Que molha meu corpo, onde nos encontramos
Num ritual de bichos conscientemente
Primitivos.
Inevitavelmente instintivos. Somos ilha.
Universos entrelaçados.

Ele é nu. Totalmente nu.
É onde espero... Nos fins de todas as estradas.
E todos os atalhos.

E o beijo... quase agonia;
Desespero... desejo
Ele é um sussurro. Sussurros de vento.


Eveltana.

Anjo


Sou teu pop-star falido teu anjo bandido teu Cristo ferido teu medo real.

Sou tua agonia rotulada
teu olhar desconhecido teu nu refletido.

Sou teu jeans rasgado
teu escravo suicida
tua cicatriz recente.

Sou tua expectativa futura teu grito calado.

Sou teu anjo.



Eveltana.
Foi um deslize
aquele beijo.
De tanto deslizar
errei o caminho.

Foi um bom erro.
Eveltana.

Corpos

Dois corpos, duas bocas, quatro mãos, dois umbigos, duas línguas, dois sexos,
dois cúmplices, duas estrelas,

...
dois corpos
...
uma sombra.



Eveltana.

Codinome Mar




Já houve cores como teus olhos, e sons como tua voz. Mas, você tem o que mais procuramos.
Você tem o mar dentro de si. Infinitos oceanos.
Então me diz, quais são os poetas, quais são os estadistas, quais os músicos, compositores, artistas mágicos, que podem possuir dentro de si tantas tormentas e tanta paz, tantos furacões e tantas brisas, tanta emoção nas ondas, tantos veleiros, jangadas, pescadores, tesouros escondidos, o mais belo dos mistérios, além de um sol que se põe à tardinha onde meus olhos já não cansam de buscá-lo.
Me diz, quem tem o mar dentro de si, a não ser você...
Mar, infinitos oceanos, refletindo todas as noites, onde te vejo, a lua.


Eveltana.

Incensos

Mais que uma palavra,
um sentido,
existir.

Incensos,
a noite viva.

A frase destroçada,
o corpo molhado.

Talvez um blue,
talvez um beijo na boca.
Mas nada de ir rasgando...
a poesia.


Eveltana.

Flor do Cariri

A poesia adormecida
amanhece com teu riso,
e já foi ninada em prantos.
Amanheceu com teu sol...
Acordou,
Esqueceu que podia ser
Dita.
Esqueceu ainda viva.
Então,
a poesia acorda,
com teu corpo, com
teu mel de mamão
na boca.
Eveltana.

Acredito
nos
lábios
profecias
profanas.
Angústia.
Engulo
palavras.
Lábios
beijos
obscenos desejos

...

Loucos.
Somos todos loucos.

Eveltana.
Sei de todos os poetas de tua vida, e eu aqui, pensando palavras para tentar ser... Somente ser.

Eveltana.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Eu prefiro acreditar num abismo inexistente, no vôo sem limites do que esta queda imaginária.

Eveltana.

Erros

Eu me perdi como num vento remoto. Estas pessoas, Estas palavras perdidas.Este verso preso.O sentido inverso... em prosa. O amor febril. A paixão dos tolos. E eu,... no caminho.

Eveltana.

Pontal do Maceió

O pássaro alçando vôo sobre Pontal do Maceió,
nestas poesias que somente os loucos vêem.
Ele finge um mergulho no abismo,
e retorna com o cheiro do por-do-sol,
destas coisas que somente os poetas sentem.

Eveltana.