As favelas são mosaicos coloridos.A cidade entrelaça suas ruas,suas pessoas,suas histórias,sua dor... As luzes ofuscam meu olhar com lágrimas.Vejo as imagens com outros olhos...Vejo com Alma,vejo a cidade pintada de vida.
Eu vou lhe contar que você não me conhece. Eu tenho que gritar isso porque você está surdo e não me ouve.
A sedução me escraviza a você. Ao fim de tudo você permanece comigo, mas preso ao que eu criei e não a mim. E quanto mais falo sobre a verdade inteira um abismo maior nos separa.
Você não tem um nome, eu tenho.
Você é um rosto na multidão e eu sou o centro das atenções.
Mas a mentira da aparência do que eu sou e a mentira da aparência do que você é, porque eu não sou meu nome e você não é ninguém, o jogo perigoso que eu pratico aqui, ele busca chegar ao limite possível de aproximação, através da aceitação da distância e do reconhecimento dela.
Entre eu e você existe a notícia, que nos separa.
Eu quero que você me veja à mim. Eu me dispo da notícia, e a minha nudez parada te denuncia e te espelha.
Eu me delato, tu me relatas. Eu nos acuso e confesso por nós. Assim me livro das palavras com as quais você me veste.
( Texto de Fauzi Arap )
Se o próprio Deus é Dúvida, o que dizer de mim!?
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